terça-feira, 18 de novembro de 2008

MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS - parte I


A mordomia dos bens materiais é consequência natural da mordomia da vida. Uma vida consagrada exterioriza-se em humildade aos pés do Senhor, em tempo para a obra de Deus e em mãos abertas ofertando para Deus. No Velho Testamento o povo de Deus não se apresentava diante de Deus de mãos vazias. Dos animais levavam os melhores, sem mácula. Dos frutos da terra levavam as primícias.

O mundo se apega aos bens materiais e, para tanto, não importa matar ou roubar para consegui-los. O dinheiro não é um mal em si mesmo, mas com ele o homem pode comprar muitos males para si. Por outro lado, o crente pode usá-lo para grandes empreendimentos na obra de Deus. Mas os crentes quando não sabem usar os bens materiais que Deus lhes dá, arruinam as suas vidas (I Tm. 6.10).

I - O Dízimo na lei - Ninguém discute o fato que o dízimo mesmo antigo, foi incorporado na lei de Moisés e foi aprovado pelos profetas. Entre as muitas referências sobre o assunto, vamos dar a título de informação: Lv. 27.30-32; Pv. 3.9.

É importante enfatizar aqui, que a lei não foi dado por capricho da parte de Deus, mas para o bem do homem. Deus deu as leis como instrução para a vida, como um fabricante dá um livro de instruções para melhor aproveitamento da máquina vendida. A inclusão do dízimo na lei enfatiza a sua utilidade e beneficência.

II - O Dízimo no Novo Testamento - Em Mateus 5.17-48, Jesus aprova a lei do Velho Testamento e a eleva do nível do fazer para o nível do querer. Tal transformação, da lei do fazer para o querer, de modo algum nos livra da lei. Pelo contrário, o espírito destas palavras de jesus é que o desejo de desobedecer é tão digno de castigo quanto ao ato de desobediência. O desejo de cumprir deve dominar a nossa atitude a respeito da lei. E, incluído na lei continua o dízimo.

Com respeito às leis do Velho Testamento na época da graça, somente as leis de sacrifício e as de pureza cerimonial caíram, por serem cumpridas pelo sacrifício de Cristo. O dízimo não era sacrifício nem cerimônia para pureza, mas algo que pertencia a Deus. Por isso o dízimo continua em vigor.

Os textos de I Co. 16.2 e II Co. 8.12, 13 apresentam o nosso dever material como uma proporção da nossa renda. Se a proporção não fosse o dízimo, que porcentagem seria? Quem pode estabelece-la? É claro que o direito pertence a Deus e que deve ser a mesma proporção para todos. Em Mateus 23.23 Jesus aceitou o dízimo e ele próprio pagou o dízimo.

III - O Dízimo evita o orgulho e a vanglória - O dízimo evita o orgulho porque cada um contribui proporcionalmente ao que ganha. Quem oferta mais é porque recebeu mais. Quem oferta menos é porque recebeu menos. A oferta da viúva pobre chamou a atenção de Jesus, porque ela deu tudo que possuía e não os dez por cento (Lc. 21.1-4).

IV - O Dízimo é um negócio sistemático e digno - O dízimo não é gorjeta ou esmola que nós damos aos que nos servem ou a mendigos, com aquilo que nos sobra como trocado. Mas assim como acertamos salários, aluguéis, com proporções estipuladas, Deus requer que tratemos as suas coisas com dignidade.


continua....

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