Quando o crente está consciente do que Cristo fez por ele, percebe que não é dono de si mesmo, pois foi comprado e agora é santuário do Espírito Santo (I Co. 6.19-20). O preço que Cristo pagou foi alto, para saber basta consultar II Co. 5.15.
I - A mordomia, não começa com a entrega de dízimos, mas com a entrega de nós mesmos conforme II Co. 8.5. Os crentes da Macedônia assimilaram a doutrina de que foram comprados por Cristo, por esta razão, entregaram a si mesmos ao Senhor. Há um motivo muito forte para entregarmos a nossa vida ao Senhor: é que Cristo se entregou por nós primeiro (II Co. 8.9; Gl. 2.20). A nossa entrega é a evidência de que amamos Jesus pelo que ele fez por nós. (I Jo. 4.19)
II - Como se dá a entrega de nós mesmos? Precisamos entregar a Cristo aquilo que nos é mais importante, a nossa vontade. Nossa vontade precisa ser submissa à vontade de Deus (Pv. 23.26). O próprio Senhor Jesus era submisso (Mt. 26.39).
Deus quer a entrega do nosso intelecto, a sede de comando de todas as ações. Paulo estava certo de que a mente do homem era muito importante para Deus agir. Deus não quer o nosso intelecto e a nossa vontade para nos despersonificar, mas para nos aperfeiçoar (I Co. 2.15-16).
A maioria dos crentes ignora o que seja consagração a Cristo e, como consequência disso, vivem sobrecarregados de problemas que não encontram solução. Muitos conhecem a Cristo apenas como Salvador, e não como Senhor (At. 2.36).
No momento que Cristo ocupa a posição de Sen hor em nossa vida, podemos dizer como Paulo: "Não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim". A verdadeira consagração, portanto, não são apenas manifestações espetaculares, êxtase ou gritarias, mas submissão incondicional à vontade de Deus. É amar a Deus com ações, não apenas com palavras. Maria de Betânia foi elogiada por Jesus quando o ungiu para a sepultura, a ponto de Jesus dizer que o que ela fez seria contado em todo o mundo onde fosse pregado o Evangelho para memória sua.
Havia um motivo constrangedor para o bom desempenho do trabalo de Paulo e era o "amor de Cristo" (IICo. 5.14). Esta é a força motriz que aciona a máquina do Evangelho. Foi este amor que fez com que Mateus deixasse sua posição de alfandegário, Lucas deixasse a medicina. Pedro as redes e os barcos e Paulo sua posição de membro do governo romano, mas tornaram-se imortais com essa renúncia. Será que temos deixado tudo? Pouco? Nada?
Consagração é uma entrega total. Não há como ser consagrado em algumas coisas e outras não. Estávamos mortos e perdidos e Ele nos salvou. Tudo agora é d'Ele.
(Rev. Martineis Anjo Gonçalves)
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