Paulo diz que é governado, dominado pelo amor de Cristo e seguro por ele como que por um torninho. Poucos de nós sabem o que seja estar preso assim pelo amor de Deus, porque estamos presos apenas pela força de nossa experiência. A única coisa que prendia Paulo, a ponto de nada mais haver em seu horizonte, era o amor de Deus. "O amor de Cristo nos constrange"; quando percebemos essa realidade em alguém concluímos que nunca poderemos confundi-la, pois reconhecemos que o Espírito de Deus está atuando livremente nessa vida.
Quando nascemos de novo, do Espírito de Deus, pomos a ênfase no que Deus fez por nós, e é justo que assim o seja. Mas o batismo do Espírito Santo muda para sempre essa nossa colocação e começamos a perceber o que Jesus quis dizer quando falou: "Sereis minhas testemunhas". Não testemunhas do que Jesus pode fazer - isso seria um testemunho elementar - mas "minhas testemunhas".
Consideramos tudo o que nos acontece como se estivesse acontecendo a ele, quer se trate de elogio ou de acusação, perseguição ou aprovação. Ninguém pode posicionar-se dessa forma em Jesus Cristo sem ser constrangido pela majestade de seu poder pessoal. É a única coisa que realmente importa, e o mais estranho é que essa é a última coisa que o obreiro cristão percebe. Paulo diz que é dominado pelo amor de Cristo, razão por que ele age como age. Os homens podem chamá-lo de louco ou de sensato, pouco lhe importa; ele vive apenas para um objetivo: persuadir os homens quanto ao juizo de Deus e ao amor de Cristo. Só essa entrega total ao amor de Cristo produz fruto na vida; e a impressão que sempre deixa é a do poder e da santidade de Deus, nunca de nossa própria santidade.
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