quarta-feira, 8 de julho de 2009

Os 150 anos do Presbiterianismo no Brasil

Estamos numa comemoração muito especial. 12 de Agosto de 2009 é para nós presbiterianos uma data histórica. Há 150 anos, nesta data do ano de 1859, chegava ao porto da cidade do Rio de Janeiro, o missionário americano Ashbel G. Simonton, para aqui iniciar a obra cristã presbiteriana. Com uma vida ministerial entre nós tão curta, de apenas oito anos, mas de intensa e produtiva missão, ao falecer, vitimado de febre amarela com apenas 34 anos, deixava a obra já estruturada, com uma Igreja organizada na cidade do Rio de Janeiro, (1862); um Jornal Imprensa Evangélica, (1864); um Presbitério, (1865); e um pequeno Seminário, (1867).
A obra teve sua sequência através de colaboradores vários, muitos renomados obreiros que têm seus nomes sempre relembrados, mas também tantos outros no anonimato histórico humano, mas reconhecidos e galardoados diante do Senhor da Igreja. Com todos esses, o testemunho foi fluente e frutífero.
Hoje, 150 anos depois dos pioneiros, a Igreja se destaca na sociedade brasileira, presente, atuante e reconhecida no país, testemunhando em várias áreas, influenciando e formando vidas, sempre na sua missão primordial de proclamar a salvação em Jesus Cristo, mas sem deixar de atuar na ação social e educação, procurando atender o ser humano de forma integral, capacitando-o a uma vida plena possível em Jesus. Segundo estimativas atuais, somos cerca de 700 mil no país, com mais de 3.600 igrejas, e mais de 5.000 pastores atuando no ministério presbiteriano.
O nosso Alto Paranaíba é também berço do Presbiterianismo regional. Vinte e cinco anos após a chegada do pioneiro Simonton, chegava à Estrela do Sul o missionário americano John Boyle, em 1884. Naqueles tempos difíceis, sem os recursos e facilidades modernas, em jornadas longínquas e demoradas, evangelizou pessoalmente essa vasta região, indo até o atual Tocantins e Baixo São Francisco e, através das páginas de seu Jornal O Evangelista, evangelizava, edificava e respondia as questões referentes à fé evangélica. Foi assim que, a partir de Estrela do Sul, a luz do Evangelho irradiou o Caminho que é Jesus, solução única que apresenta o homem diante de Deus. John Boyle também viveu pouco, e à semelhança de Simontom, também foi vítima da febre amarela, falecendo aos 47 anos, em 1892, com também apenas oito anos de ministério aqui na nossa região.
Dessa forma, somos herdeiros do dinamismo desses pioneiros que, deixando suas terras, aqui vieram nos anunciar a verdade, mesmo a custo de suas próprias vidas.
Hoje olhamos para esses heróis da história cristã, louvamos a Deus por se utilizar deles para tão nobre e difícil missão, e reconhecemos que eles fizeram sua parte, e que agora compete a nós a sequência de tão gloriosa obra. O testemunho cristão hoje depende de nós, e que com diligência façamos nossa parte, para que o futuro herde os frutos da nossa missão atual. Deus confiou sérias responsabilidades aos nossos pioneiros e somos herdeiros da fidelidade deles. Hoje a missão está entregue a nós.
Avante Presbiterianismo no Brasil!
Rev. Salvador Moisés da Fonseca

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