sentir em toda parte o palpitar da vida:
Na criança em seu berço, no vigor do jovem,
na maturidade do ancião.
Que alegria poder ver:
A variedade sem fim das flores,
seu colorido que nunca esgota os tons,
a delicadeza da sua textura
e a vida que exala em seu perfume.
Poder olhar todas as belezas que existem
no mundo;
o céu estrelado,
a seara ondulando, os segadores a trabalhar;
as lavanderias de roupas cantando nas fontes,
a noiva adornada que vai se casar.
Como é bom sentir a brisa que vem tocar meu
rosto, o calor do raios do sol
os pés descalços pisando no chão.
Como é bom ao crepúsculo da tarde,
sem barulho ou rumor, estar só,
no campo, em silêncio sagrado;
vendo os últimos raios do sol que alongam as sombras,
e o colorido magnífico do céu.
E, natural ao coração, nesta hora, pensar em Ti
Como é bom sentir:
a vida saltando no vozeiro das crianças
regressando da escola:
na turbulência incontida da juventude
em sua incessante busca (que eu gostaria que fosse de Ti)
Ah! Senhor, como é bom saber que Tu existes e cuidas de mim.
(...)
E repartir o depósito de paz,
o tesouro escondi,
esse palpitar de vida em Cristo Jesus;
esse segredo que outros não sabem
e que não se ocuparam ainda em buscar.
Helena Inez de Melo
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